quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Montanhas de vidro

a solidão sopra em teu semblante,
a azul agora engole o horizonte,
mire a grama, o chão restante,
dissolveu-se após percursado...

as escadas de vidro trincaram-se eternas,
por quais logramos incansáveis co' as pernas,
feitas de água humana, tão sana salgada...
uma noite abismal nos consome, sem madrugada!

sem asas pairamos, piramos sem pouso,
encarnados delírios mutáveis,
a mercê dos desígnios naturais, tão belos e crueis,
amar eternamente uma nuvem, sequer eu ouso,

amar as núvens, disformes princesas,
uma era a cada dia, as ver se espargirem,
defrontar-se aos fieis elefantes alados;
soldados de pedra em besouros montados...

sem asas pairamos, piramos sem pouso,
encarnados delírios mutáveis,
a mercê dos desígnios naturais, tão belos e crueis,
amar eternamente uma nuvem, sequer eu ouso,

jamais ver um dia, o passado recente,
os sonhos cremados, novamente...
vislumbrar formosos campos, nunca os mesmos,
os tesouros sentidos, trocados...

as marcas deixadas,
feridas de espadas,
num mundo de palha perdidas,
o mar de tempo à terra... mil partidas...

as escadas de vidro trincaram-se eternas,
por quais logramos incansáveis co' as pernas,
feitas de água humana, tão sana salgada...
uma noite abismal nos consome, sem madrugada!




Essa é a mais uma das letras que eu escrevi...
comentem aee. vlw

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

7 Degraus da Alquimia do Agora

Os 7 degraus da alquimia interior, o caminho da ascensão natural da vontade Divina e única, singular do ser.

I - Os Elementos

Estes são as fagulhas da electricidade vigente dos olhos, dos pulsos e dos arrepios. Também conhecidos como sensores do sistema linfático ativo-antena, é em sua estrutura, o movimento cíclico das têmporas e o ativador única da hipófise. Controlador este, que quando em sua actividade extrema, impulsiona muitos campos harmónicos a se ressonarem em expansão, comos que em cadeia suprema de superação sensível e térmica das relações do bioma espiritual.

II - Os Obstáculos

São grandes desvios do reto, do perene a si mesmo, do sensível a si mesmo quando relaxado. É uma extensão da dúvida, caçador dos seres do sonho. É como uma flecha avessa ao impulso da própria flecha em se alcançar. Pode proporcionar a guinada ao alcance interior provido de pura energia branca e límpida.

III - A Ascensão

Como uma jarra cheio de água da fonte divina em meio ao deserto atados do poder de erguer-se em dizer. “Posso aguentar mais sem água!” Como jazida de rubis direcionados ao sol ao meio dia, uma cor plausível somente aos olhos de quem já passou por muitas fases da evaporação espiritual. O descansar do elevar-se físico.

IV - A Existência
Detentora dos mais repletos reflexos da veia humana e super humana. Mantra triangular de nossos cantos interiores e sensíveis somente ao nosso eterno individual, nosso fragmentado ser em espelhos de revitalizarão cósmica. Como um cometa que tomba seu equilíbrio e mira num planeta para sentir-se, eis a existência que auto posiciona-se antes dos tempos e dos espaços onde seu fluxo se torna aparente.

V - A Atitude
Acordemos das trevas da preguiça, desviemos dos asteróides pesados, que busquemos o verde original das trilhas do ser. A Atitude é o sabor dos sentimentos, o alcance dos nervos, o plural da morfologia celular em um tom de divino e sereno. A atitude é a gravidade do ser.

VI - A Coerência
Sem ela não conseguimos pousar ao mundo dos eléctricos sem o abraço neutro que se necessita. É como uma lagoa depois de um mar, um alívio um desapego das tensões, um voltar ao lar esquecido. A coerência é a amiga da flor em seu encantos em florescer-se em cores harmónicas. É o caminho das cordas do vocal, é o poder garganta do ser, é o que assopra o vento, a mensagem do espírito.

VII - A Flor
Se pensássemos em ser como elas, teríamos somente o balance verdadeiro em nosso momento transitório. Brotaríamos somente luz harmonizada e feita por dedos sacros e elevados. Seríamos seres filhos de sóis que se comunicam em cores espectrais. Seríamos mestre eme telepatia, conheceríamos muitos mais do sol e da lua, estaríamos muita mais com as estrelas e os cometas e as cadentes estrelas do surpreender-se. Caminhamos para o ser flor, esse ser das cores do vindouro que inventará, desde o sentir, o novo calor das cores......

ode ao amor


para que te para mim eu
dizer crer em talvez dizer adeus
dói demais demais no peito
peito cheio de mágoa pigarro
cigarros impregnados de avisos
cansados dos velhos erros
eu te amei mas também cansei
para que te queiras
para mim que quero
para que te esqueças
o mesmo defeito eu
fui e fomos todos embora
cansados de esperar do lado de fora
de dentro que vimos o mundo à fora
tudo de mal acontecer a nós
e quando eu finjo que nada tremo a temer
temos um pouco para dividir
caso contrário eu volto
do lado avesso demoro
o que de mim descobrir tu queres roubar
se não nada tenho
não tenho nada tudo
que você queira precisar
para que te para que amei à toa

sábado, 22 de outubro de 2011

Disse o Tornado




Aqui mesmo, frente ao mar dos não alcances de nossos cantos...
Como seres grande meu pensar...disse o vento a abrigar-se
Somos das espumas das ondas que refletem a invisibilidade das causas....ainda que tenhamos de provar o improvável, somos do lampejo do raio distante....sensível em todos os lados por respeito das aberturas intercomunicativas sensoriais,,,.....
disse o vento do abrigar-se....
Cantamos o passo do compasso eterno do fluir-se, ainda que tenhamos de levantarmos as mãos para os céus que não parecem responder...no fundo temos a animo das mais grandes esferas, assim são as costelas da eternidade e seu corpo térmico das aflições....
somos do opulento sagrado do renovar-se....
disse o filho do vento do abrigar-se....
Somos do novo vento, do novo não abrigar-se, por já ser o próprio impulso....em alcançar a si mesmo para estender o mais simples dos hemisférios, o elevar-se....
disse o tornado.....

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

rua

entre falhas verdades
digamos fosse diferenciado
horas que passam surgem
fatos outrora questionáveis
são fixados em paredes mofadas
caqueixamos em momento oportuno
sorrisos estáticos em veredas simétricas
somos problemáticos dilemas
sofrendo falsos alarmes
diferente aos jornais que nos forram
notícias de paz
seguimos um caminho fechado
sombra e cuidados amônia
latejando palavras em tragos
dizer ao que mais nos perturba
preferimos ficar em silêncio
e ainda assim nada muda
seguimos amando apressados
o tempo valiosa promessa
dor que acalma cessa e acorda
justo quando dormimos na rua

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Paraty indo


Quero falar dos grandes ventos que aqui alçam vôo
Quero falar das colinas que aqui formam a Atlântica dos seres
Quero falar das gotas de índigo toque, do azul profundo e liso do mirante mar
Quero falar dos assobios das andorinhas, as mentoras do nascer solar
Quero falar entre as quatro igrejas esquecidas, sob aspecto de sociedade antiga
Quero falar sob as tortuosas veias, das ruas arcadas, da proteção histórica
Quero falar dos contos que ouvi, aqui dos invisíveis e presentes aromas

Quero falar de Paraty, daqui poder gritar e ouvir

Quero falar dos marasmos encantados, dos entraves espiralados esquecidos
Quero falar dos cadentes raios, dos iluminados seres da floresta densa
Quero falar dos anfiteatros paralelos, das esquinas movimentadas e abandonadas
Quero falar das correntes e sobre todos os acorrentados e impulsionados entes
Quero falar da superficialidade das decisões que mantêm Paraty viva
Quero falar da onipresença, da inesperada chuva em plena fanfarra turística
Quero falar dos frustados que aqui se acobertam esperando por calor veraneio

Quero falar dos apogeus e de todos os atravancados veios do ouro roubado
Quero falar dos escravos, libertos por Deus e aprisionados por brancos, Juruás
Quero falar do novo tempo bloqueado, do prazer enjaulado de um gosto atômico
Quero falar da inacessibilidade da educação e de todas as exigências formais
Quero falar do regionalismo autoritário e de todas as suas disfunções legais
Quero falar dos adeptos ao vento mensageiro, pessoas terrais e assuntos difusos
Quero falar das rodovias e de todos os seus buracos atrativos, de sua massa perigosa
Quero falar da verdade, e em Paraty não se pode dizer, a não ser, o poetar do sigilo

Quero falar das beatas e das colunas centrais de uma localização distinta
Quero falar das missas e de todos os encontros desencontrados dos nativos
Quero falar dos omissos e dos lascivos, dos catedráticos que daqui se foram
Quero falar dos rastros atômicos, sem medo de repetir, o que se pode repetir e estragar
Quero falar dos anestesiados pela a grana nuclear, dos projetos falsos de humanidade
Quero falar dos efêmeros impulsos de uma sociedade aprendiz, de um cetro e seu relento
Quero falar dos assassinatos, dos inatos, dos ingratos e dos que fazem sigilo a dor pura

Quero falar da crescente onda, das tsunamis para as matas verdes locais
Quero falar do abandono dos animais, dos genocídios astrais, da cultura assassina
Quero falar das doenças e das epidemias, dos assolados e dos sofredores
Quero falar da anestesia povoadora, das mares baixas, dos vazios tonéis
Quero falar dos desencantos dos lagartos e dos muros edificados a caminho
Quero falar das cavernas do ser nativo, do real adepto da noosfera

sábado, 15 de outubro de 2011

descuido

fotografias industrializadas
insultos distintos
foco alternado
sintomas de desinteresse
eu vi seus olhos vermelhos
gritando por socorro
de volta ao começo
desistimos de entender
ao menor sinal de cuidado
descuido
somos criaturas sem forma
criando rumores
alcançando estranhos
nos encontramos vazios
conformados com palavras
perdas simuladas
somos o que ninguém pode ser
fingindo ser
voltamos a isto
a esquecer o que se foi
esquecer nossos rostos
faces cegas de ódio
perdidas em assombros monogâmicos
mais ninguém
não mais nós

Um vento de dentro




teu interno conflagra, queima a não suportar,
em ventanias explode, é preciso gritar,
se faz de importância, um vazio preencher,
sentido outorgar, pr' a este plano a se erguer;

brado de tempestade, d' alma que pinta,
e à vacuidade cria, mui vasta e suscinta,
toda a forma, que é vista e contemplada,
toda esta forma, cuja vida que lhe é dada;

terra se fazendo,
que outrem pisará,
os pés aquecendo
e com as mãos tocará,
mesmo em mente,
irrealmente,
vai lá, a ouvir
o vento, tão contente,
ou lá ir a sentir
outro deprimente
tão quão mais uns mil
neste vão e fértil
espaço,
de traço
tão sutil,
ou o aço
d' agulha
que torna
a lã uma fagulha...

de assídua força, a humana destreza,
d' onde se engendram tantos intentos externos...
eis o humano e simplório dizer e pensar,
no que quiser, e a faculdade de o consumar...




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Detrás a porta

os elefantes estão ao céu, em viagem,
queria isso lhe contar... vagam libertos,
e eles, consigo levavam em abertos ares;
os outros tão brancos flancos d' arca fugidos,
me diga, tu estás onde...? os quero mostrar!

à tua ausência em toda parte, sinto mergulhar...
ante à trancada porta, eu vejo silêncio,
onde estás? me deixando comigo mesmo,
me espreitam tantas sombras, forças caladas,
rindo do dia que fulge, limpo e intenso...

penso talvez, no sempre, sinto o vácuo,
alojar-se às veias, mente e alma,
provo à solitude, elixir de meu eu;
e tal porta vislumbro, some o resto
de horizonte, trevas vejo à volta...

desvela-se o abismo, minha nefasta ternura,
revela-se em meu cerne... ó diabólica candura,
és o horrendo refúgio, a devorar,
tantos moribundos falsos rostos meus,
co' o tempo sujeitos, a se dissipar...!

que em sua doce placidez, obscuro fulgura,
condenando-os à mais vasta e atroz tortura...
uma supra-terrena dor conjurando,
em terrorosas manifestas lanças, mirando aos céus,
e que empunhadas são, por vís deformados retratos surgindo;

de minha calada alma, que monstruosamente convulsiona,
perturbada e tão inquieta, concebe;
à boca, o asqueroso feto do que fora um dia,
eis o defrontar da aberração, gritando verminosos venenos...
eis-me à mórbida reação, enterra-lo vivo sob seus aterrorizantes gritos...

ó demônio meu, ó demônio meu...!
ensanguentado cadáver mirando o céu,
voráz foi meu ímpeto, ao que se sucedeu...
não serei... como vós sois... não serei eu...!
mais um escravo deste mausoléu!

nem suponho, nem por medo, tal tornar-me,
mais um traste destes ser, nesse cativeiro...
uma rélis morta herança, um carniceiro;
no ápice d' um mistério, do que se arme,
detrás essa simplória porta, trancada...





Pois bem, eis que vos venho com esta... que eu gostei pra caramba, e a imagem eu editei no paint, hauhsuahsuhauhsu espero que gostem...

http://nocturnosombrio.blogspot.com/

Cicatrizes




desfalescido, quão agonizara aquele negro pássaro,
que soturno, a interpérie houvera contemplado,
sob os pastos e seus ares, de si desnorteado,
pranteando à insânia, dum vil amor caro...

e as asas cujas ferira, e rira quando as vira,
o louco imbatível, que à grama se estira,
a neblina tanto amara, não percebendo;
sua ardilosa oculta força, ardís escondendo...

e eis que ao mais alto cume se aprumara,
a névoa ansiando, novamente afrontar,
viera, pois, a esperada hora dela tudo tomar,
vencera este corvo, quando prostrado a enfrentara.
a deixando, presunçosa, passar... e longínqua se extinguir...

abrigo

certos de falhas inodoras
vagamos serenos outros passos
erros vazios abstratos
soccoro imediato
soma das dores
ódio remédio amargo
vejo ao recanto do abismo
sombras e nada mais
perdidos no tempo
passos curtos
sofremos intermináveis julgamentos
ao que acalma mente
insana consciência morta
natureza nossa opaca
calamidade interminada
exposta ao acaso
e em caso de abrigo desnecessário
escondemos nós em solidão

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

feliz

secos, quebraram-se os espinhos
sangrar-nos não fazem mais
emboloraram as cartas esquecidas
e já não caem as lágrimas doloridas

procurei forças remoendo em todo lugar
mas os nós desfeitos fui incapaz de reatar
no reflexo do seu olhar nos vi em chamas
e pelo ar espalhadas cinzas de nossas cores

hoje, ainda mais, quis voltar a ser criança
pra feliz pintar na tristeza esperança

terça-feira, 11 de outubro de 2011

flores

levantamos um grande fogo
você me pareceu adorável
enquanto ardia em chamas
o desenvolvimento sustentável
não tem mais tanta graça
eu continuo insistindo
canalizando todos os meios
entre principios do fim
onde se foram para trás
duas grandes historias
minha inspeção pessoal
da composição original
perfumou com as flores
o que perdi no caminho
quando preferi carona
então a visão entrou em colapso
para enxergarmos o indiferente
perdido bem no fundo
dos nossos erros eminentes
depois seguimos qualquer rumo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AMANHECER

Escuridão de noite
noite fria
longa de inverno...

Dia que não chega
esperança que vai
nas horas da noite
paradas e cruéis...

noite sem lua
noite com chuva
se foram as estrelas
e o dia não vem...

alma anoitecida
sonhos acordados

acordes da insônia
silêncio que grita...

meus pensamentos já nem querem mais dormir...

meus olhos que pesam
lágrimas que caem...

olhar fixo no nada
meu quarto é meu mundo
minha cama é meu mar...

indignações sufocadas
desespero nas metáforas
antagonismos que questionam...

coração dilacerado,
são espadas!
que me cortam e me dividem
me incendeiam e me congelam
me trazem para dentro de mim...

alma cansada da batalha
desfalecida na luta
fragmentada em pedaços
sem coragem de levantar...

escuridão de noite
fria
longa de inverno...

ainda não escureceu!
acaba de amanhecer
...

sábado, 8 de outubro de 2011

molduras

ao passo que caímos
pedaços de nós caminhos opostos
vejamos entre quadros
molduras erráticas
herméticas sensações de conforto

procriando pasmos palavras
em que momentos uns inferiores
nos aquecemos pouco de mais
visamos concórdia e benefícios
juntando acidentes programados
entramos em conflito
e saímos derrotados

resplendor

hoje o coração que levo no pescoço não se enrolou ao meu escapulário
pois sua suavidade me alivia e fortalece... protege.

e pelas noites que amanhecem
nas quais buscamos luz no horizonte
onde percebemos novas possibilidades
vivemos dores e rendição
sublimamos odores e pecados
e descobrimos que não... não é em vão.

então vem a força para calar quando a garganta seca
para manter os olhos bem abertos quando desejamos a cegueira
e resplandecer a plenitude na tempestade.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

o visionário

decrépito visionário
de idônea lascívia
ronca forte peito
encharca-se tu em vapor aquoso
arriscando nós passos dignos dos imbecis
fraquejamos diversas vezes rumo
ao que contrário presumo vejo falho
arrancando mágoas aos cachos
podres emaranhados
vulgos em sabedoria
esquecemos o caminho
geramos falhas visíveis
sabemos pouco de nada
onde calo boca tua com lamúrias
irráscivel horda de espasmos
arrumada em devaneios esporádicos
onde cume criatividade cessa
vemos ignorância
como salvação desesperada

terça-feira, 4 de outubro de 2011

outubro

outubro chegou 
e no ar desse mês dez
as aflições e paz de mais um fim de ano
auau