segunda-feira, 28 de março de 2011

"... Na terra da Lua..."?



"... Na terra da Lua..." "... O império ruiu, o solo secou, cairam-se as árvores, a água acabou, morreram os bosques, correram as montanhas, chegara o fantasma da amargura, invadindo-me as entranhas... tornou-se deserto, a negra duna, de nunca mais, onde jamais, vingará sequer uma flor... Sobrou-me a dor...

( improviso )

segunda-feira, 21 de março de 2011

feliz 2011


é, hoje não não há mais desculpa para o ano não começar
o fim do carnaval se arrastou por essa semana da ressaca
mas finalmente fecha suas cortinas no friozinho do início de outono

e nessa segunda chuvosa com gosto de rotina e uma tpm ansiosa
a fumaça de um bali se mistura à neblina
e nada como chocolate chocolate chocolate
haha
feliz 2011
.
.
!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Saudade :


pouco tempo a fio conto até que extingua
os instantes pra breve você voltar,
antes mesmo de pisar na estrada,
e voltar cansada,
do inferno à beira mar,
onde estudaste ferrenha,
e se empenha
em teus sonhos conquistar...


vejo fotografias, me aperta o peito
o sufocante leito
de saudade,
vem-me a ansiedade,
uma prematura nostalgia
qual me jaze nesta noite,
deste dia,
ao amanhecer...
esperando as seguintes palavras lhe dizer:


quando parto a alma fica,
estando junto a tua, esquecendo o corpo,
e eis a mente focada
às tuas belas silhuetas
cujo semblante conjura misticismos
inexplicáveis, me possuindo
ao mais puro e belo dos fanatismos;
porém se partes, cessam as forças a mim pertencentes,
faço uma prece
mesmo sendo eu ateu,
desejando dar-te todas as flores quais quero,
lamentando por não haverem tantas,
desejando dar-te as estrelas,
sabendo ser isso inutil, éres a lua,
desejando expressar todo o amor que sinto,
consciente de que isso é impossível;


inexiste um termo cabível,
e "inefável" é pouco demais,
de certo o mesmo digo de "indizível",
ou quaisquer outros triviais
modos de expressão,
ditos numa redondilha, numa canção,
não há voz do coração,
ele é demasiado ínfimo pra tal mensão...


resta-me a alma nesta carnal prisão
gritando em mil feiches duma explosão,
o quão verdade é meu amor,
um gélido ardor
queimando
o espírito,
consumindo,
indome assumindo
o corpo; e a mente,
que vislumbrando-te simplesmente
paralisada
à miríade descortinada
frente a assustadora eternidade acolhendo
um mirar ao infindável
pelos olhos de lágrimas se enchendo,
grita afoita
num anseio visceral,
recordando cada traço teu, esta pernoita
à preciosidade
de milésimos de olhar lembrados,
num pungente sentimento sobre a própria existência,
sendo desta, ti a mais valiosa essência...
resta-me a alma nesta carnal prisão,
aguardando, seu retornar.






segunda-feira, 14 de março de 2011

os meus olhos coloridos


Quando tudo estava meio cinza...
meu coração querendo doer...
as lágrimas com vontade de descer...
busquei no fundo da gaveta 
meus óculos cor de rosa de borboleta
e 'os meus olhos coloridos' acalmaram minha alma
e orientaram para o caminho:
só depende do ângulo que se quer olhar.

"Todo Carnaval tem seu fim!"

terça-feira, 1 de março de 2011

UM VAZIO MOMENTÂNEO

O vazio mirava a direção
donde estava sentado
aquele ínfimo ponto
se olhando no espelho,

e este, à minha frente reflete
ao fundo
o profundo
inexistir que remete,
a essência imaterial
descomunal,
do universo
inverso
diante minha loucura!